sábado, 20 de outubro de 2012
Maluco Beleza.
Nas minhas andanças pelo sertão da Bahia, eu conheci Josenaldo, um maluco beleza que, nos últimos 03 anos, se dedicou a engarrafar as próprias fezes e urina, numa experiência que busca um concentrado a ser usado em diversas áreas. Entre elas, a fabricação de sorvete e perfume. Cuidado com o que você come por aí.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Perigo no ar...
Ultraleves ameaçam trafego aéreo em Paragominas
Não é segredo pra mais ninguém o fato de que a ANAC nos deixou órfãos na Amazônia. Com o fechamento do GER-1, a fiscalização do setor aéreo, que já era precária na região, entrou em colapso. Para aqueles profissionais da aviação que torciam por melhorias com a desmilitarização do setor, decepção total.
Não se engane: O espaço aéreo não está totalmente seguro sem o apoio fundamental das equipes de solo. Entregue nas mãos de civis, no formato que aí está a aviação no Brasil corre sérios riscos.
No Norte do País, a aviação geral de pequeno porte é indispensável para a aceleração do volume de negócios e, conseqüentemente para o desenvolvimento da região. Tal necessidade faz do nosso espaço aéreo um emaranhado de aerovias (Estradas virtuais) com um fluxo considerável de aeronaves. Daí a necessidade de uma fiscalização mais intensa. Como isso não acontece, as brechas vão se formando e, dentro delas, as irregularidades.
É o que vem acontecendo em Paragominas, no Nordeste do Pará, por exemplo. Um aeródromo administrado teoricamente pela Prefeitura Municipal que, diga-se de passagem, se esquiva desse compromisso o que torna esse setor uma terra de ninguém.
Daqui partem aviões de pequeno porte para diversas cidades do Brasil, sem um controle específico. Os pilotos coordenam seus vôos numa freqüência de rádio predeterminada, assim como reza o Regulamento de Trafego Aéreo Brasileiro. Mas, em contrapartida, daqui, decolam, também, aviões experimentais (Ultraleves) que não possuem freqüência rádio e, sequer, pilotos habilitados para o exercício da função. Esses entusiastas inexperientes e, até certo ponto irresponsáveis, ocupam um espaço que os pilotos profissionais desconhecem por não existir um aviso prévio dessa atividade. A prática rotineira chega a ser criminosa, levando-se em consideração o risco iminente que ela provoca naqueles que, sem tal informação, ocupam o mesmo espaço aéreo.
Pilotar um ultraleve não vem a ser uma tarefa das mais difíceis. Mas, é justamente aí que mora o perigo. Todo piloto profissional foi treinado para obedecer as regras do ar que garantem a segurança do tráfego aéreo e, cada um desses profissionais espera o mesmo de quem vem em sentido contrário. O que não acontece com esses entusiastas que desconhecem completamente tais regras universais. No atual formato de desorganização é difícil assegurar que o nosso espaço aéreo está sob controle. Se um urubu é capaz de derrubar um avião, imaginem um ultraleve, milhares de vezes mais pesado e sem controle.
Já passou da hora de darmos um basta nessa pouca vergonha.
Emerson lopes: Radialista / Piloto comercial de avião
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Anjos Selvagens
Numa manhã de poucos acontecimentos, a vinheta acelerada de uma determinada emissora de televisão quebra a rotina da jovem sentada no sofá da sala… “E, atenção! Um avião monomotor cai, no meio da floresta. Ainda não temos informações sobre vítimas. Segundo a Aeronáutica o piloto é o comte. Eduardo da Silva Campos,…”.
A jovem, sem tirar os olhos do lixador de unha, Adianta: “… Mamãe Pode ficar tranquila: Papai não vem pro almoço. Acabou de cair, de novo.”.
Essa é uma das muitas histórias do Comte Eduardo, que animavam as manhãs de Domingo, numa rodada de cerveja no Aeroclube do Pará. Mas, na manhã do último dia 17, Eduardo (Dudú) nos deixou de vez, aos 52 anos, no trágico acidente, em Cametá. O avião Bimotor, Beech Baron G-58, da empresa Norte Jet, perdeu potência, após a decolagem e caiu no meio da mata. Quatro (04) pessoas morreram.

Comandante Roberto Fernandes, morreu hoje pela manhã quando o avião que pilotava caiu há sete minutos de Belém.
A história se repetiu na manhã deste sábado, 25 de fevereiro de 2012. Após decolar de Belém, com destino a uma fazenda no Nordeste do Estado, o companheiro Roberto Fernandes (comandante experiente), O Deputado Estadual Alessandro Novelino e um de seus Assessores… Encontraram a morte, sete minutos depois, próximo ao município de Acará, Ainda sob controle do Terminal de Belém (TMA).
As causas prováveis do que provocou o acidente só serão conhecidas após minuciosa investigação do Ceripa – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
O foco é outro, nesse dia nebuloso, sombrio, triste, chuvoso, etc: Os amigos que nos deixam. Anjos selvagens, que dias, meses e anos a fio cortam os céus da Amazônia, não só transportando empresários e políticos, mas, como no caso do comte. Eduardo (Um dos pilotos do Pará que mais transportaram enfermos de municípios isolados para a capital) dedicando suas vidas a uma atividade que apaixona; que transforma; que aproxima. Não comparo o prazer de voar com nada físico. A imensidão nos engole, nos educa e nos liberta. Somos o grão de areia o qual a Biblia Sagrada retrata; somos um instrumento do Criador… Temos o domínio total da máquina, mas, o criador, o domínio das nossas vidas. Somos anjos, Anjos da Amazônia a serviço do nosso povo.
Descansem em Paz, comandantes.
* Emerson Lopes é radialista e Piloto Comercial de avião.
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