Aos primeiros sinais de nascer do sol já estávamos a postos.
Uma das nossas opções de manutenção aeronáutica, para quem está a Nordeste do estado do Pará, é
Carolina, no Maranhão. De Paragominas até o pátio da oficina são cerca de duas
horas e dez minutos de voo. Sendo assim,
é preciso decolar cedo para não perder o dia.
Na decolagem, parecia que esse seria mais um voo tranquilo.
Como sempre faço, na medida do possível, estou levando comigo alguns colegas em
fase de treinamento. A descontração fluía
à medida que o “corisco” ganhava altitude. Quando furamos a camada de nuvem,
comum para um amanhecer, o sol se mostrou forte e incandescente. Uma belíssima
imagem. Na vertical de Imperatriz, já no estado do Maranhão, enquanto
coordenava via rádio com a estação local, os companheiros apreciavam a vista do
rio Tocantins abraçando a cidade. Mas, a calmaria começava a ficar pra trás. Seguindo
o leito do rio, até mesmo por questões de segurança percebi que a poucas milhas
dali uma extensa e pesada camada de nuvem resistia aos raios do sol. A base
estava varrendo o topo dos morros, que se multiplicavam à medida que nos
aproximávamos do estado do Tocantins. Decidi que era hora de descer e tentar
chegar à Carolina por baixo da formação. O que se viu daí pra frente foi um
belo espetáculo da natureza. Voamos abaixo da base dos morros que tocavam os
novelos e, pra completar, ainda vimos belas imagens do tradicional “morro do chapéu”.
Voar nos faz crianças eufóricas e encantadas com as
possibilidades infinitas do novo brinquedo. Vale à pena conferir esse vídeo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.