quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Demagogia







As "redes sociais" quebraram o monopólio das comunicações dando ao povo uma arma de grosso calibre. Desde então, nada acontece numa via de mão única. Qualquer novo acontecimento, fatalmente, passa pelo crivo de milhões. Pelo menos, no campo virtual, o “todo poderoso” ficou de “calças curtas”. A coragem em debater, criticar e até achincalhar os antes “Intocáveis” chega à beira do absurdo. Políticos, celebridades, religiosos, etc. Ninguém escapa aos olhos e, principalmente, a língua ferina dos internautas. Para alguns, a internet é a arma que faltava para o pleno exercício da Democracia. A palavra adequada seria: demagogia, afinal, o ser humano perdeu o prumo. Quem dita e puxa pela coleira é a Televisão. O novo se renova, se revoga e não melhora. A felicidade já não depende da realidade. Um prato de comida só terá sabor se o número de “curtidas” disparar. A briga de rua, as vezes, entre pessoas do nosso convívio, já não são intermediadas ou apartadas. O registro da agressão está acima da compaixão, da civilidade...Sei de coisas a seu respeito que nunca teria coragem de perguntar, mas, você, antes recatado, abre o baú de inutilidades da sua vida sem graça.

A câmera esta focada e o “reality life” está no ar. Os “paparazzi” profissionais estão com os dias contados. Os deslizes e mal feitos alheios são tão instigantes que, sem querer, paramos de nos preocupar com o que fazemos de certo ou errado. Quem deve dar o exemplo são eles: Os que estão por cima. Será?...

Vire o foco à 180º e veja se você não merece ser achincalhado como a maioria?...
Ser cidadão de fato não é só cobrar dos outros uma postura convencional, é, antes de tudo, adequar nossas ações ao convívio social. Quando um de nós, pobres mortais, desrespeita uma norma, um regulamento, uma lei, etc. Causa um contratempo, um prejuízo ou, até mesmo, um mal maior a um ser humano do nosso lado. Avançar um sinal vermelho, por exemplo, coloca em risco a vida de quem segue com o sinal verde usufruindo de um direito que ele, até então, acreditava ser respeitado pelos demais. Quem avança um sinal vermelho pode matar alguém, mesmo que essa não seja a intenção, e, caso isso aconteça, fruto dessa irresponsabilidade, o infrator pode ser enquadrado por homicídio culposo (Art. 302 do CTB). A lista de regras que nos diferencia dos marginais (aqueles que andam a margem da lei) contém centenas de tópicos simplórios que sequer nos damos ao trabalho de querer saber. Andar de bicicleta pela contramão, por exemplo Aliás, saber é o que menos interessa, nos dias de hoje. Salve a geração Ctrl-C Ctrl-V.



Emerson Lopes

Radialista (DRT/MA 1289)


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